Modelo de negócios de transformadores 05
Corpo B
As B Corps são um modelo de empresas que atendem aos mais altos padrões em termos de sustentabilidade, impacto social, meio ambiente, transparência e legalidade. Dessa forma, as organizações utilizam todo o seu potencial para gerar bem-estar na comunidade.
As Empresas B estão a acelerar uma mudança cultural global que procura redefinir o sucesso empresarial e construir uma economia mais inclusiva e sustentável.

Os problemas mais difíceis da sociedade não podem ser resolvidos apenas através de governos e organizações sem fins lucrativos. A comunidade B Corp trabalha para reduzir a desigualdade e a pobreza, cuidar do meio ambiente, fortalecer as comunidades e criar empregos de alta qualidade com dignidade e propósito. Ao aproveitar o poder dos negócios, as Empresas B utilizam os lucros e o crescimento para alcançar um objetivo maior: causar um impacto positivo nos seus funcionários, nas comunidades e no ambiente.
Os valores e aspirações da comunidade B Corp estão consagrados na sua Declaração de Interdependência.
A DECLARAÇÃO DE INTERDEPENDÊNCIA DA B CORP
Prevemos um novo sector da economia que aproveite o poder do sector privado para criar benefícios para as pessoas e para o ambiente.
Um setor formado por um novo tipo de empresa – as B Corps – orientada por um propósito de bem comum, que gera benefícios para todos os interessados e não apenas para seus acionistas.
Como membros deste setor emergente e como empreendedores e investidores em Empresas B, defendemos:
- Que devemos ser a mudança que procuramos no mundo;
- Que todos os negócios devem ser conduzidos como se as pessoas e o meio ambiente fossem importantes;
- Que, através dos seus produtos, práticas e lucros, as empresas devem ter como objetivo beneficiar a todos, e não prejudicar ou prejudicar.
- Fazer isto exige que nos comportemos com a compreensão de que todos dependemos uns dos outros e, como resultado, somos responsáveis por nós mesmos e pelas gerações futuras.
Entidades de Saldo Triplo – SANNAS
A Associação de Empresas pelo Triplo Equilíbrio, SANNAS, nasceu para unir todas as empresas que partilham a visão do Triplo Equilíbrio (económico, ecológico e social) e transformar o modelo de negócio tradicional, contribuindo para a construção de um mercado mais sustentável, mais justo e mais sustentável. equitativo.

Equilíbrio triplo, o que é e como medi-lo (Fonte: Triquels)
Economicamente, queremos construir empresas prósperas nas quais sejam gerados projetos e negócios lucrativos que tenham um impacto positivo nas pessoas e no meio ambiente.
Em relação ao meio ambiente, queremos regenerar-nos substituindo a visão linear da economia – crescimento contínuo e desenfreado – por uma circular que esteja consciente das alterações climáticas e dos limites do planeta.
E nas redes sociais Neste âmbito queremos ir além do cumprimento da legislação laboral. Aspiramos contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional de todas as pessoas que trabalham nas nossas empresas e dos nossos clientes e fornecedores. Desejamos construir relacionamentos sinceros e duradouros em toda a cadeia de valor.
A força da SANNAS reside nos valores que todas as empresas associadas partilham: coerência, diversidade, compromisso, transparência e criatividade. Com estas características e auxiliados pela nossa ferramenta de medição Triple Balance, de forma lenta mas segura, cada um no seu ritmo e de acordo com as suas necessidades, sem julgar uns aos outros e com uma grande dose de confiança mútua, queremos ser um ator relevante no construção do Quarto Setor, aquele que quer contribuir para o bem comum do setor privado e no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Organizações TEAL – Evolucionárias
A partir da análise e estudo de modelos organizacionais do passado e do presente surge o conceito de TEAL ou Organizações Evolucionárias. De acordo com uma pesquisa da Gallup, empresa americana de análise e consultoria, 85% de trabalhadores em todo o mundo admitem que seu trabalho não os satisfaz e que não se sentem comprometidos ou identificados com ele.
Este modelo organizacional foi criado por Frederic Laloux, um conhecido sócio da consultoria estratégica McKinsey. Laloux estava desmotivado e cansado do trabalho e por isso em 2011 decidiu deixar o cargo para investigar se havia alguma forma de manter os funcionários motivados em suas profissões.
Nele, Laloux apresenta o quadro conceitual da evolução das organizações, as etapas e paradigmas que as fundamentam, bem como os limites e avanços de cada tipo de empresa. Para definir o modelo organizacional de cada um deles, ele utilizou uma cor diferente.

1. Vermelho
Refere-se à forma de organização das comunidades mais primitivas de cerca de 10 mil anos atrás. Neles prevalece a “lei do mais forte”, ou seja, a ordem é mantida e o poder do líder é demonstrado através do exercício da violência. Portanto, neste modelo existe um líder autoritário, e os demais membros da equipe dividem o trabalho e se encarregam apenas de sua função.
Alguns exemplos atuais seriam: gangues de rua, grupos do crime organizado, as tribos mais antigas que vivem na Amazônia, etc. Além disso, algumas start-ups atuam nesse nível, exercendo a autoridade para realizar o trabalho. Pode funcionar em alguns momentos de crise, mas normalmente não é um modelo que prospere no longo prazo.
2. Âmbar
Este modelo corresponde à época em que os homens começaram a ficar mais sedentários. Neste modelo, o acesso a empregos em que, ao longo do tempo, o salário é maior e a responsabilidade maior. Portanto, nesta fase, a antiguidade é um critério muito importante para a definição de funções.
Desta forma, a organização é possível sem a necessidade de recorrer à violência, o que ocorre no caso do modelo vermelho. Este tipo de organização permitiu à humanidade criar impérios como o Egipto ou a Mesopotâmia e teve muito sucesso durante um longo período de tempo. No entanto, apresenta dificuldades de adaptação a ambientes em mudança.
Alguns exemplos seriam: o sector público, os exércitos e as Forças de Segurança.
3. Laranja
Este tipo de organização nasceu com outro grande salto para a humanidade: a chegada da revolução industrial. Neles, a hierarquia continua sendo mantida como estrutura organizacional, mas o critério seguido para subir de cargo não é mais o da antiguidade. Aqui a chave está nas conquistas, pois esta é a forma de enfrentar a concorrência e ascender.
As três principais características deste tipo de organização são: meritocracia, objetivos individuais e inovação. O grande objetivo desse tipo de empresa é o crescimento econômico, ou seja, o lucro a todo custo. Isso leva à desmotivação da equipe humana por dois motivos: por ter tantas responsabilidades, por mais que ganhem, às vezes não conseguem ser totalmente felizes ou pelo extremo oposto: vivem frustrados porque não conseguiram chegar o topo.
Alguns exemplos seriam: o setor bancário e a maioria das multinacionais.
4. Verde
Neste contexto surgiram os movimentos Agile e Lean, que estão direcionados para a adaptação num mundo em mudança como o atual. Com este modelo organizacional, o foco é principalmente dar mais força aos colaboradores para que fiquem motivados no seu trabalho e, desta forma, estejam mais comprometidos com os objetivos da empresa. Nesse caso, dá-se muita importância à cultura da empresa e os salários tendem a ser mais equitativos entre os funcionários.
O principal problema deste tipo de organização é que a tomada de decisões é feita por consenso. A priori não parece um problema, mas em empresas maiores costuma fazer com que a tomada de decisões se torne um processo muito lento. E hoje em dia, devido à elevada concorrência existente, isto pode levar ao fracasso. Por isso, muitas organizações verdes acabam ficando laranja para tomar decisões mais rapidamente.
Alguns exemplos seriam: a maioria das ONGs, Starbucks, Southwest Airlines e Ben & Jerry's.
5. Azul-petróleo
O paradigma Teal surge em meados do século XX, e vem crescendo aos poucos ao longo do século XXI. Poderíamos definir este tipo de organização como “sistemas vivos”, pois surgem quando as empresas descobrem como trabalhar de forma autogerida. Os líderes colocam o foco nos trabalhadores da empresa para que eles próprios sejam os responsáveis pela tomada de decisões.
Todas essas empresas estão baseadas em três pilares básicos: Autogestão, Realização e Propósito evolutivo. As organizações Teal são as que melhor se adaptam ao contexto social e económico atual, pois permitem desenvolver o potencial de toda a equipa humana de uma empresa.

As organizações TEAL baseiam-se em 3 pilares básicos:
auto Gerenciamento
Este tipo de empresa caracteriza-se pela descentralização, ou seja, permite que todas as pessoas envolvidas participem na tomada de decisões.
As empresas tradicionais são altamente centralizadas e cheias de regras porque não confiam nos seus funcionários. Mas nas organizações Teal eles fazem isso e também buscam o bem comum.
Portanto, qualquer funcionário pode tomar uma decisão —inclusive econômica— desde que consulte todas as pessoas que possam ser afetadas e especialistas no assunto em questão. Uma vez ouvidos os demais participantes, a decisão pode ser tomada. Assim, fica muito mais fácil para uma empresa ser mais ágil em um mundo tão mutável como o atual.
Plenitude
Os trabalhadores deste tipo de organização sentem-se plenamente realizados, pois a empresa promove um ambiente em que os colaboradores se sentem livres para se expressarem. Dessa forma, cresce o sentimento de comprometimento, energia, criatividade no trabalho e paixão pelo que fazem. Assim, é possível extrair o máximo potencial dos trabalhadores e fazê-los explorar todo o seu talento.
As empresas que aplicam esta metodologia de gestão do capital humano têm em conta a inteligência emocional ao lidar com o capital humano: procuram o bem-estar dos seus clientes, mas sobretudo o dos seus colaboradores. Porém, o conceito de realização é disruptivo no ambiente empresarial tradicional, uma vez que muitas vezes as pessoas são tratadas como “meros elementos da empresa” para fazê-la crescer.
propósito evolutivo
Este conceito também é novo para as empresas tradicionais, uma vez que estas empresas visam apenas o lucro.
Porém, nas organizações Teal o objetivo não é apenas crescer e ganhar mais dinheiro, mas as empresas tentam definir o seu papel no mundo.
Além disso, direcionam todos os integrantes da empresa para seus objetivos, e assim conseguem se tornar objetivos comuns.
E é isso que motiva os funcionários a fazerem seu trabalho da melhor maneira possível. Dessa forma conseguem se alinhar às necessidades da empresa e fazê-la prosperar muito mais.