Doze instituições gregas nacionais e internacionais participaram MedTOWN 1ª mesa redonda nacional online na Grécia “Políticas ativas de emprego e desenvolvimento da economia local”  realizada no dia 13 de dezembro de 2021, com representantes de instituições públicas, atores locais e da economia social e solidária (ESS), especialistas em políticas sociais e académicos.

O debate de alto nível que incidiu sobre temas do projeto MedTOWN como coprodução, inovação social, atividades de ESS com impacto positivo nas comunidades locais e, em especial, políticas ativas de emprego, chegou a um conjunto de conclusões e propostas que aqui sintetizamos:

1. A Inovação Social seria possível, e com valor acrescentado, se fosse incluída nos procedimentos do quotidiano da comunidade. É fundamental que se mude o estado e o sistema centralizado, atendendo também à mentalidade das pessoas, para que deixem de esperar que sejam as instituições a propor iniciativas.
2. Boas práticas poderão ser trocadas através de visitas de estudo, exposições, etc. para mostrar como contribuir para essa mudança desde gabinetes de aconselhamento e cidadãos e também de instituições do Estado.
3. O incorporação de uma carteira digital para subsídios, etc., nas comunidades locais do país, com certos esquemas de gastos/consumo, beneficiariam as economias locais. Exigiria que todos os atores contribuíssem e se esforçassem para isso, cooperando com as pessoas e entidades apropriadas.
4. O Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2021-2027 inclui financiamento para apoiar soluções inovadoras a nível local para gerir o início de uma mudança positiva nas comunidades locais: abordar questões sociais, formas de simplificação de procedimentos e ativação mais rápida da implementação das novas políticas de emprego e empreendedorismo.
5. Contribuir para um melhor planejamento no futuro próximo para fornecer um procedimento para a sustentabilidade dos programas de emprego desenvolvidos pela agência estatal para o emprego da Grécia (OAED) e parceiros sociais, para que não parem no final de seu mandato, mas continuem através de outros programas , mais especializadas ou voltadas para pessoas com deficiência (PcD).
6. Colaboração entre todas as partes interessadas para reduzir empregos temporários, cooperação com empresas e implementação de uma cesta de incentivos públicos para novos pequenos negócios (regulamentação mais leve, tributação, procedimentos mais fáceis, pequeno capital inicial, etc.) contribuiriam para combater o desemprego e a pobreza, especialmente para os grupos de pessoas vulneráveis, como mostra a experiência do KEA (EEE) –Subsídio Social de Solidariedade-.
7. Mude a percepção das empresas privadas, reverta a estigmatização das PcD, aprimorar o conhecimento de suas capacidades e registrar os problemas que sofrem para encontrar soluções.
8. Melhorar políticas ativas em vez de passivas (subsídios) incentivar pessoas vulneráveis, aumento de renda por meio do trabalho efetivo e reinserção social: Existem bons exemplos de ações de ESS e devem ser priorizadas em vários campos da economia.
9. Criação de gabinetes de aconselhamento em todos os Municípios, para apoiar e promover ações de novo empreendedorismo, centradas e baseadas nos ativos e potencialidades de desenvolvimento de cada área, incluindo urbanas e rurais. Há vontade política, fundos para investir e agências públicas de emprego. Existem bons exemplos para replicar como KOISPE, aproveitamento de prédios abandonados em Lyon (França), aproveitamento de prédio público para projetos de coprodução e outros.
10. A consulta por acadêmicos contribuiria significativamente para replicar uma cooperação útil e boas práticas, auxiliando ideias e abrindo caminhos para ação e implementação pelas pessoas nas comunidades.
11. Replicar boas práticas em todo o mundo com atividades inovadoras implementadas com mulheres, envolvendo as partes interessadas nos esforços comuns (por exemplo, empresas gregas de mulheres iniciadas há 30 anos que se estabeleceram com bons empregos e boas condições de trabalho; criação de uma incubadora jordaniana dedicada a mulheres com o obrigação de recrutar também PcDs em suas atividades)
12. Valorização e utilização de estruturas existentes para apoiar a implementação de coprodução e inovação social a nível local com novas ideias e procedimentos modernos para atender a comunidade. Incluir a cooperação dos beneficiários finais (pessoas vulneráveis, PcD, desempregados e jovens) de forma a melhorar a eficácia das políticas activas de emprego nas economias locais com novos empregos úteis e sustentáveis e novas pequenas empresas.
13. A coprodução da ESS e a inovação social podem contribuir no apoio a grupos de pessoas vulneráveis. A KOISPE em Kavala é um grande exemplo: apoiou o conjunto de algumas centenas de postos de trabalho na economia real, com projetos inspiradores e de significativo impacto social, afetando a vida pessoal e social dos beneficiários (PcDs – trabalhadores) e suas famílias, inspirando novos relacionamentos e uma nova perspectiva de vida. E também tem contribuído para mudar a percepção sobre as PcDs, pois está comprovado que elas fazem parte da economia.
14. A colaboração de todos os atores, Municípios, Hospitais, Governo Regional, Setor Privado, ONGs, ESS, Entidades da Sociedade Civil é essencial na nova era.

Yiannis Tsoukaldis, da EPEKSA, parceira grega da MedTOWN, concluiu que com base nessa discussão, há vontade política, principalmente em nível local, e também há recursos a serem investidos, portanto isso é um ótimo ponto de partida.

O projeto MedTOWN está a desenvolver na Grécia uma ação demonstrativa centrada na coprodução de serviços públicos de emprego, com a participação de serviços sociais e atores da ESS para apoiar pessoas excluídas do mercado de trabalho. O principal objetivo é desenvolver um plano de ação local para enfrentar o desemprego e fortalecer a economia local, apoiando a sobrevivência de pequenos negócios locais, ao mesmo tempo em que aumenta o emprego e o empreendedorismo de pessoas vulneráveis.

A conversa continua em nosso Comunidade de prática

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